Notícias da Cultura - 1ª Quinzena de julho






Faleceu no Rio, na última segunda-feira, 12/07, o saxofonista e trompetista Paulo Moura, de 77 anos. O músico estava internado na Clínica São Vicente, no Rio, desde o dia 4 de julho com um linfoma (câncer do sistema linfático). Compositor e arranjador de choro, samba, bossa nova, forró e jazz, foi um dos maiores nomes da música instrumental brasileira, tendo tocado com praticamente todos os grandes músicos e cantores de Ary Barroso até as gerações atuais, chegando a conquistar o prêmio Grammy nos EUA. Entre outras inúmeras atividades artísticas ainda arranjou um tempinho nos anos 1980 para ser gestor cultural, tendo dirigido por dois anos o Museu de Imagem e do Som (MIS), no Rio.

Chegando fresquinho no céu, ele pode começar a agitar por lá, junto com Ezequiel Neves (Zeca Jagger, Zeca Zimmerman) , produtor e multimídia falecido semana passada.

ncêndio destrói acervos do Instituto Palmares de Direitos Humanos e do coreógrafo Rubens Barbot

Com lamento profundo, informamos que o prédio do Instituto Palmares de Direitos Humanos – IPDH na rua Mem de Sá (ao lado do FEBARJ, Tá na Rua e CTO, na Lapa) sofreu incêndio no dia 10/07. Felizmente não houveram vítimas e ainda não se sabe a causa do sinistro.  Pelo que conseguimos saber foi afetado, praticamente, todo o terceiro andar, inclusive com a queda do telhado. Uma perda inestimável é a do acervo do coreógrafo Rubens Barbot que estava hospedado neste andar e que sofreu perda total, inclusive o figurino de espetáculo em preparação. Nos andares abaixo não houve fogo, mas a água usada no trabalho dos bombeiros, minou todo o material da instituição que completou 20 anos, em 2009: arquivos, biblioteca, equipamentos. Os diretores da instituição e ativistas dos movimentos sociais, como Adagoberto Arruda, do CPC Aracy e do IPCN, pedem para que todos se unam para uma ação concreta e urgente em torno desta importante entidade de combate ao racismo e pelos direitos e cidadania.
Todas as iniciativas são válidas e importantes.  Se puder pensar sobre alguma disponibilidade financeira e contatos com políticos e autoridades dos governos, em nível municipal, estadual e federal será fundamental. Eles podem que se encaminhem  proposta/s para os endereços de e-mail: Luiz Carlos GÁ -galuizcarlos@yahoo.com.br; com cópia para Ana Paula Venâncio – IPDH -anapaulavenancio@infolink.com.br.


Políticas Culturais:

I - Direitos Autorais em pauta pelo Ministério da Cultura: segue até o dia 28 de julho a consulta pública no site  www.cultura.gov.br/consultadireitoautoraldo Ministério da Cultura sobre os direitos autorais. Se você é artista, produtor, compositor, advogado ou interessado na matéria como público, usuário ou cidadão, entre e dê sua contribuição.
O debate tem estado acalorado também na própria imprensa e na internet, quem quiser conhecer duas posições o blog http://arakinmonteiro.wordpress.com/apresenta a resposta do músico Tim Rescala para artigo veiculado na grande imprensa de Nelson Motta. Vale a pena ler.

II – Fundação Casa de Rui Barbosa – FCRB/MinC
Novo livro de Lia Calabre
A Fundação está lançando seu novo título na área de políticas culturais, o livroTextos Nômades – Políticas Culturais no Brasil: História e Contemporaneidade, da pesquisadora Lia Calabre, chefe do setor de Políticas Culturais da FCRB.O livro é o segundo volume da coleção Textos Nômades, editada pelo Centro Cultural Banco do Nordeste. A coleção foi criada em 2009, sob a inspiração do texto de Alexandre Barbalho, que inaugurou a coleção com o volume Política, cultura e Mídiae tem como principal objetivo estimular a discussão e reflexão de temas relativos à cultura brasileira. Cada volume reúne textos variados de um mesmo autor, alguns inéditos e outros já divulgados em outras publicações. Nesse volume estão reunidos seis textos sobre políticas culturais, sendo três de caráter mais histórico e os outros três sobre temáticas atuais. Poderão ser encontradas várias discussões que versam sobre questões como a dos conselhos de cultura, as conferências de cultura e a trajetórias das políticas culturais no Brasil dos anos 1930 até os dias atuais 141p. R$ 15,00. Lia Calabre é uma referência para aqueles que como nós, do CPC, estamos ligados no tema.


Selecionados para o seminário de políticas culturais/2010:
A Fundação divulgou a lista dos 40 trabalhos selecionados para compor as mesas do Seminário Internacional Políticas Culturais: Teorias e Praxis, que acontecerá nos espaços próprios desta nos dias 22, 23 e 24 de setembro. Essa informação é importante para os quem apresentaram projetos, assim como para nós que iremos assistir e aprender mais nas aulas-palestras do seminário. Segue o link:http://www.casaruibarbosa.gov.br/template_01/default.asp?page=materia&VID_Secao=9&VNM_Secao=not%EDcias&VID_Materia=1800



III – No Estado do Rio de Janeiro:
Animação Cultural ainda na luta pela regulamentação da sua atividade nas escolas estaduais
Em uma luta que já dura 16 anos, ainda não está concluída a questão dos animadores culturais na área de educação do Estado do RJ.  Na época do início do projeto, governo Brizola/Darcy Ribeiro, dentro do conceito dos CIEP´s, o quadro era de cerca de 1500 profissionais, atualmente são apenas 486, mas que seguem aguerridos. De lá para cá, muitos morreram, pediram ou foram exonerados seja pelos baixos salários, ou por questões de saúde (os que ficam doentes não têm direito a licença médica!, pois o governo estadual recolhe a contribuição previdenciária dos animadores, mas não repassa para o INSS, a dívida do Estado com este órgão em função desta questão passa de R$ 50 milhões).

Para resolver a questão destes trabalhadores da cultura inseridos na Secretaria de Educação, foi formulada uma proposta de emenda constitucional – PEC 48, pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação – SEPE, protocolada pelos deputados estaduais Marcelo Freixo – Psol/RJ (em 04/08/2009) e Gilberto Palmares – PT/RJ (em 09/09/2009).  Os animadores passaram a realizar atos públicos mensais no Palácio Tiradentes/Assembléia Legislativa do Estado do RJ, para garantir que quase um ano depois (em 12/05/2010) pela unanimidade dos 48 deputados presentes.

Mas, segundo Mirna Maia Freire, uma das animadoras culturais “no entanto nada está assegurado, já que para tornar de fato nossa efetivação é necessário um ato do governo que é chamado ato de investidura, para que possamos ter todos os direitos dados a qualquer funcionário público”.
Os animadores culturais hoje trabalham em todas as escolas da rede, não só nos CIEP´S conforme o desejo de os saudosos   Leonel Brizola  e Darcy Ribeiro, ex-governador e vive-governador e idealizadores do projeto. Mas ainda segundo Mirna, a situação é muito precária, ela aproveita para anunciar o blog do grupo onde podemos acompanhar esta luta que interessa a todos nós da área cultural, especialmente os que fazem ponte com a educação, acessem o link: culturanima.blogspot.com


Fonte: Boletim CPC Aracy de Almeida - Ano V - no.67 - 14/07/2010

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